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06.02.2019

O lugar mais feliz do mundo

Não pense que estamos criando histórias para te convencer a conhecer esse pequeno lugar localizado entre dois gigantes: Ao norte, a China e ao Sul, a Índia. O Butão, país pequenininho da Ásia, é considerado o lugar mais feliz do mundo.

E como saber isso? O 4º rei do Butão inseriu na Constituição daquele país o conceito de Felicidade Interna Bruta, que é medida com a participação da população por meio de nove diferentes domínios: Bem estar psicológico, saúde, uso do tempo, educação, diversidade cultural e resiliência, boa governança, vitalidade da comunidade, diversidade ecológica e resiliência e padrões de vida.

Conversamos com Gabriel Colle, cliente da Big Dream que esteve visitando o país no mês de novembro sobre essa experiência.

Gabriel iniciou nos contando que tentou realizar todos os trâmites da viagem sozinho, porém não obteve sucesso, pois o contato é exclusivo de uma agência local com outras agências, e foi aí que entramos nesse processo trabalhoso, mas que rendeu uma viagem inesquecível.

“Ao solicitar o visto eles encaminham uma orientação gigantesca dizendo que só dariam o visto após uma longa análise sobre a pessoa que desejava entrar no país. É muito mais rigoroso do que o visto americano, por exemplo. É um país muito fechado, localizado próximo a Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão”, conta Colle.

Gabriel tinha vontade de conhecer o Butão após ter visto um programa do Globo Repórter que apresentou esse país tão pequeno, com cerca de 700 mil habitantes, mas que pode trazer grandes surpresas. A viagem se concretizou devido a outros compromissos pessoais, que se realizariam na Índia. “Surgiu a oportunidade de uma viagem para a Índia e então eu fui ver o que poderia conhecer ao redor e vi que o Butão ficava próximo, então decidi ir para lá”, diz.

Sobre a visita

“Como a gente é brasileiro, sempre temos aquele medo de que alguém vai enganar a gente. Estamos sempre preparados para sermos enganados. Por exemplo, você reserva um hotel pelo Booking para ir ao Nordeste e, até chegar lá, você tem medo porque aquelas fotos podem ser de outro lugar. Nisso o Butão entregou mais do que prometeu. Quando você faz o visto e paga uma taxa que é caríssima, uma média de US$250,00 por dia, eles informam que eu teria a minha disposição, o tempo todo, um guia e um motorista em um carro SUV”, destaca.

A taxa, que deve ser paga com antecedência, contempla hotel, alimentação, guia e motorista. Chegando no aeroporto Gabriel nos conta que iniciaram as surpresas positivas. “Tinha um guia com um cartaz com meu nome. Já me surpreendi que era verdade que teria alguém me esperando. Ele quem carregou minha mala, e chegando no estacionamento uma fila de uns 20 carros, e ‘só carrão’. No momento ele me entregou a agenda, com todas as atividades que eu faria nos três dias, tudo preparado. Você não tem opção de escolha, isso eu tinha visto nas pesquisas que fiz antes, mas achei que era mentira, é meio demais para o que estamos acostumados”.

Logo de início Gabriel pode ir percebendo o porquê de o Butão ser o país mais feliz do mundo. Ao olhar a agenda percebeu que tinha duas horas de deslocamento do aeroporto até a capital, sendo um trajeto de 46 km. “Como iria demorar duas horas? Mas lá você vai andando pelas montanhas, são estradinhas como a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, e a velocidade na rodovia é de 40km/h. Não tem ninguém na rodovia, mas eles respeitam os 40km/h, não passa disso. O respeito as normas é muito grande. Aí começou o choque positivo. Também é proibido fumar no país, são três anos de cadeia para quem fuma no país, e isso está dentro do espírito de manter a limpeza, a purificação”, comenta.

Dando continuidade na agenda o guia contou a Gabriel que este teria 15 minutos no quarto do hotel antes da próxima atividade. “No quarto tinha meu nome, tinha material para mim, coisas para comer, me senti o próprio rei, nunca me senti tão bem tratado. Pedi se poderia demorar um pouco mais, e o guia me explicou que não, teria que ser os 15 minutos e que ele ficaria me esperando. Ficou parado ao lado da porta aguardando minha saída”, diz.

Como eles estão focados no turista que chega, estudam as características da pessoa e a agenda é elaborada com base neste estudo prévio. Um exemplo foi uma visita para assistir à final do Campeonato Butanês de Futebol, que estava ocorrendo naquele dia. Gabriel conta que, por saber que ele era brasileiro e vinha do país do futebol, seria um passeio interessante. “No futebol e em outras coisas que tem lá também, tudo é o rei quem cuida, você não paga ingresso para nada no país inteiro, ninguém paga nada, tem cinema, museu, não existe cobrança de ingresso para o povo, a ideia é que isso ajuda na felicidade. Eles cobram algumas taxas de manutenção das agências, que elas cobram dos turistas, e nesse jogo não se pagava ingresso, e devia ter umas 50 pessoas no estádio”.

E a felicidade, é mesmo real?

Segundo o rei a felicidade depende de uma série de benefícios que eles oferecem à população. Primeiro é preciso manter o país limpo, organizado, com educação e segurança para todo mundo, e aí as pessoas vão ser felizes. Não tem pobreza no país. Gabriel conta que já são 12 anos sem ter um crime. “A organização, a limpeza, a segurança, você se sente muito seguro, porque para você entrar no país é muito difícil. Eles fazem uma análise rigorosíssima sobre você. Só tem quatro voos que entram por dia no país. A vontade é de não ir mais embora, porque é um lugar onde tudo funciona, ninguém te rouba, tudo é limpo, você é bem tratado. A sensação é de estar no paraíso”.

Aeroporto do Butão

Curioso para conhecer mais sobre essa tal felicidade, Gabriel conversou com alguns moradores locais, que ressaltaram que sim, o Butão é o lugar mais feliz, que eles gostam muito de morar lá, pois não tem sujeira, tem o que comer, o rei dá segurança. “Realmente você não vê pobreza, não vê sujeira nas ruas, não vê esgoto, tudo é muito cuidado para as pessoas ficarem bem. O hospital lá dá para morar, de tamanha qualidade. Tem todas as especialidades médicas, o governo formou as pessoas, estudaram fora para voltar cuidar da população”, diz.

Devido à alta qualidade de vida o povo vive muito, então a população é mais velha. Em relação aos jovens, ou eles saem do país ou vão trabalhar em alguma coisa do governo. “Por exemplo, esse guia que estava comigo é funcionário dessa agência, que é do governo. Todos têm garantia de ter trabalho ou estudar para ser monge. Eles têm lá milhares de monastérios, e eles estudam para ser monges e passar a vida rezando. No monastério mais antigo que tem lá, tem umas pessoas que fazem 56 anos que estavam lá, em cima da montanha rezando. Eu perguntei o que ele tinha lá e me falou que tem um quarto, um colchonete, a roupa e um monte de livros. Eles não sabem da família, se formam e ficam lá, rezando”, conta Gabriel.

O povo é muito religioso e quem opta por seguir a vida como monge é muito admirado. O monastério é o auge, o topo. E o processo seletivo é muito rígido para jovens que queiram seguir essa carreira. Tem seleção anual e o maior orgulho das famílias é o jovem que quer ir para o monastério.

É possível ter mais surpresas?

Parece impossível se surpreender tanto com um país tão pequeno, mas em seu relato Gabriel deixou transparecer as coisas positivas que o Butão tem para oferecer.

A visita é cara, levando em consideração o valor do real, porém tudo tem muita qualidade. Os únicos quatro voos que entram no país são em aviões de propriedade do rei. “O próprio avião é melhor, a comida do avião é boa, essa experiência foi algo que superou expectativas”.

Mas ainda tem mais, “a cereja do bolo é quando você vai embora do Butão. Eu já havia lido sobre isso em um blog, de que passa sobre o Everest, porque ali está perto, mas achei que não poderia ser verdade, que seria enganação. Mas como até então tudo o que prometeram entregaram, quando vai sair o voo que vai para Nova Dheli o comandante diz o seguinte: ‘como o tempo está bom e temos autorização do rei, nós vamos olhar o Everest primeiro’. E a sensação é de que ficamos muito perto, as comissárias nos entregam um mapa, de todos os picos mais altos do mundo para podermos identificar pela janela as montanhas das imagens. De fato, ele fica a poucos metros do Everest. E isso não estava previsto, descobri lá porque depende muito do clima. E aí só depois disso é que ele pega o caminho do aeroporto onde vamos pousar”, conta.

Chegou a sua vez

Depois de ler tudo isso deu aquela vontade de conhecer não é mesmo!? Gabriel nos contou que três a quatro dias são suficientes, então, que tal montarmos um roteiro pela região e você também conhecer o país mais feliz do mundo? Entre em contato conosco.

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